O Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas, comemorado ontem (07/02), traz à tona a realidade da saúde dos indígenas no Brasil. Até hoje, 47.937 de 121 tribos diferentes foram infectados pelo coronavírus, deixando 953 mortos. A informação é da “A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil” (APIB).
A vulnerabilidade não é só diante de doenças infectocontagiosas. Eles estão em desvantagem econômica e social, fatores que contribuem para mais hospitalização por pneumonia e diarreia, além de outros problemas crônicos de saúde.
Em nota, a ONU explica que “os povos indígenas têm uma saúde muito mais precária, mais probabilidade de incapacitação ou de ter sua qualidade de vida diminuída e, em última instância, de morrer mais jovens que os demais grupos sociais”.
A data relembra o ano de 1756, ano de falecimento do nativo guarani Sepé Tiaraju. Ele foi um significativo líder indígena dos Sete Povos das Missões, que liderou uma revolta contra portugueses e espanhóis.
Em 2020, após 264 anos da morte do indígena, os povos nativos seguem lutando pelo direito à terra, contra a destruição da natureza, pela demarcação e pela saúde indígena. A complexidade da situação dos indígenas no país revela as condições de vulnerabilidade e racismo institucional que ameaçam especialmente os povos originários.
Um grande representante nessa luta é a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). A APIB nasceu durante o Acampamento Terra Livre de 2005, num momento em que as lideranças indígenas regionais começavam a se tornar notórias nacionalmente, mas se encontravam ainda bastante dispersas e isoladas.
Com a chegada do novo coronavírus surgiram novos problemas, e os já existentes, foram agravados. Conheça melhor essa frente e apoie!
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