O neurologista Daniel Paes Santos, membro da Academia Brasileira de Neurologia, concedeu, nesta quinta-feira, entrevista ao canal do jornal O Globo, em que comentou sobre “brincadeira da rasteira”, que viralizou nas redes sociais. A dinâmica envolve duas pessoas que “passam” uma rasteira em uma terceira, enquanto esta salta, provocando a queda e forte golpe com as costas ou a cabeça no chão. A prática já fez vítimas: em novembro de 2019, uma adolescente morreu após sofrer traumatismo craniano. Emanuela Medeiros tinha 16 anos e veio a óbito após bater a cabeça no chão, na Escola Municipal Antônio Fagundes, em Mossoró, no Rio Grande do Norte - RN.
De acordo com Paes, a “brincadeira” é perigosa e coloca o participante em risco de sofrer uma grave lesão na coluna dorsal ou no crânio, podendo gerar traumatismo raquiomedular ou traumatismo cranioencefálico, com iminentes sequelas que podem afetar a pessoa lesionada para o resto da vida.
Esta semana, no dia 12 de fevereiro, a Sociedade Brasileira de Neurocirugia divulgou um comunicado em que manifestou repúdio à prática. De acordo com a nota, a SBN reforça que o ‘desafio’, que provoca uma queda brutal, pode causar lesões irreversíveis ao crânio e à coluna vertebral. A vítima pode sofrer danos no desempenho cognitivo, fratura de vértebras, perder movimentos do corpo e até morrer.
Assista à entrevista do especialista na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=zcdwkrI5uqc&feature=youtu.be
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