A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) levantou uma informação alarmante: só em 2022 foram vendidas 64,9 milhões de unidades de Omeprazol no Brasil.
A droga é uma inibidora da bomba de prótons e dificulta a produção de ácido gástrico, aliviando rapidamente os sintomas de “queimação” no caso de refluxo, gastrite e úlceras gástricas.
A preocupação em torno desse dado é devido aos efeitos nocivos que o medicamento pode causar quando ingerido indiscriminadamente e a longo prazo.
De acordo com o farmacêutico clínico Vinicius Tocci, muitos estudos comprovam uma redução na absorção de cálcio pelo organismo do usuário, causando consequentemente um maior risco de osteoporose e fraturas. Além disso, Tocci destaca que há um maior risco de câncer de estômago para quem tem a bactéria H. pylori e faz uso contínuo do medicamento.
O profissional alerta para os riscos da automedicação: “É imprescindível que o tratamento medicamentoso seja seguido apenas após prescrição médica, pois todo remédio tem um potencial tóxico”. De acordo com o DataSUS, a maior parte das causas de intoxicação no Sistema Público de Saúde brasileiro é ocasionada por uso indevido de medicamentos, equivalente a 52% dos casos, número bem superior às intoxicações provocadas pelas drogas de abuso, agrotóxicos agrícola e raticida, responsáveis por 15,6% das ocorrências.
Por isso, em caso de algum sintoma de gastrite ou doenças correlacionadas, procure um médico para fazer o tratamento adequado.
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